segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Consolamentum


Dois pedaços de madeira que flutuam no oceano 
encontram-se e se separam um instante depois. 
Assim também tu e tua mãe, tu e teu irmão, tu e 
tua mulher, teu filho e tu. 
Chamas teu pai, tua mulher, teu amigo, 
mas não é mais que um encontro no caminho. 
Esse mundo é uma roda que gira, 
uma passagem no grande oceano do tempo, onde nadam 
dois tubarões: a velhice e a morte. 
Nada é permanente, nem teu corpo. 
Nada retorna e nada permanece. 
Prazer, dor, o destino tudo estabelece. 
O que desejas tens. 
O que não desejas, tens. 
Ninguém entende por quê. 
Nada garante a felicidade do homem. 
Onde estou? Para onde irei? Quem sou? Por quê? 
E por que deveria chorar?


Fonte: Templo de Shiva

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