Aquele cuja alma tem sede de experimentar o círculo inteiro dos valores e
das maravilhas até hoje e de navegar ao redor de todas as costas deste
ideal "mar interno", aquele que das aventuras da própria experiência
quer saber qual a coragem de um conquistador e de um escultor do ideal,
como de um artista, de um sábio, de um legislador, de um douto, de um
piedoso, de um asceta de velho estilo: carece este, antes do mais, da grande saúde
— tal qual não só se possui, mas que também continuamente se conquista e
se deve conquistar, porque está sempre a dar e é a que deve dar.
domingo, 30 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Para entender o black metal (parte 3)
Nesse curto período, houve muita tragédia e muitos crimes foram cometidos por membros do Inner Circle ou por bandas de outros países, confessamente inspiradas pelos noruegueses.
Em 8/4/1991, Per "Dead" Yngve Ohlin - que desde uma esperiência de quase-morte, devido a um severo sangramento estomacal, achava que não pertencia mais a este mundo - foi encontrado morto na casa em que os membros do Mayhem estavam morando. Estava com a cabeça aberta por um rito de espingarda (cuja munição teria sido fornecida por Varg) e os pulsos cortados a facão. Vestia uma camiseta “I love Transylvania” e seu bilhete de se suicídio dizia apenas “excuse all the blood”.
Euronymous, o primeiro a encontrá-lo, tirou fotos do cadáver e teria apanhado pedaços do crânio esparramado. Teriam sido feitos colares com esses nacos de cérebro (alguns blackmetallers escandinavos alegam tê-los, como membros do Marduk) e até cozonhado e comido alguns. Já a foto acabou virando capa do infame bootleg Dawn Of The Black Hearts (1995).
Entre 1992 e 1996, mais de 50 igrejas foram incendiadas e mais de 15 mil túmulos foram profanados (alguns itens sacros desses lugares teriam virado decoração da loja Helvete). Houve incêndios e profanações também em países vizinhos, como na Suécia (membros do Abruptum foram acusados, mas nada se provou) e até na Rússia. Sabe-se do envolvimento de Varg, Samoth (Emperor) e Jørn (Hades Almighty) em alguns atentados a igrejas na Noruega. Todos foram condenados.
Outros acontecimentos sinistros ligados à segunda onda do black metal: Bård Faust, então baterista do Emperor, foi preso pelo assassinato de um homossexual. O baixista à época, Tchort, foi condenado por assalto e diversas agressões. Grim, baterista de bandas como Immortal, Gorgoroth e Borknagar, cometeria suicídio (por overdose intencional de drogas) em 1999. Bandas como Therion, Deicide e Paradise Lost sofreram atentados que teriam sido a mando de Varg Vikernes (por serem bandas "vendidas", "usurpadoras das forças negras" ou qualquer coisa assim).
Na vizinha Suécia, Jon Nödtveidt, líder do Dissection, foi preso pelo assassinato de um imigrante argelino, e cometeria suicídio em 2003, anos depois de sair da prisão. O membros originais da banda alemã Absurd (de forte ligação com o nazismo e acentos Oi!/RAC na musicalidade), foram condenados por assassinar um colega de escola (por questões pessoais). Uma foto de seu túmulo também virou capa de disco, a demo Thuringian Pagan Madness (1995).
À época das primeiras igrejas incendiadas a grande mídia já havia se interessado pelo tema, e não só na própria Noruega: uma bombástica reportagem da famosa revista inglesa de rock Kerrang! em 1992 espalhou o vírus do black metal pelo mundo, rendendo até uma matéria da revista Bizz, acusando Satanic Terrorism, do Sarcófago (do álbum Hate, de 1994) de ser uma elegia ao Inner Circle (talvez fosse mesmo, embora eles dissessem que estavam apenas “relatando um fato”, mas a matéria era de fato bem pobre).
O livro Lords Of Chaos, de 1998, permanece até hoje o grande documento sobre a época (embora Varg, Fenriz, Satyr e outros repudiem a obra), junto com o filme Until The Light Takes Us (focado demais em Fenriz, do Darkthrone), de 2009.
Porém o acontecimento-chave para o movimento ocorreu em 10/8/1993. E, para tentar entendê-lo, é preciso contextualizar a hierarquia daquela cena musical.
Embora, segundo testemunhas como Frost (Satyricon) e Bård 'Faust' Eithun (Emperor) jamais tenha havido realmente um Inner Circle ou um Black Circle – era apenas uma cena musical, pessoas com interesses em comum que se reuniam no porão da Helvete, nada de rituais de iniciação ou reuniões oficiais – era fato que Euronymous, supostamente usando táticas de liderança aprendidas quando militou no partido norueguês de extrema esquerda Red Ungdom (Juventude Vermelha), para influenciar (manipular?) as outras bandas.
E funcionou: em poucos meses, muitas bandas de death metal se tornaram black metal, como já citado na parte 2.
Dead, que em vida já retroalimentava o extremismo crescente de Euronymous, quando morto tornou-se o marco inicial da obsessão completa com o satanismo (teísta mesmo, não o filosófico de LaVey) e tudo que era perverso. E muitos dos atos criminosos cometidos à época eram coisa de jovens que pretendiam impressionar seus iguais, pertencer a um grupo “seleto”, ter status na cena.
Nisso, ninguém era melhor que Varg (ironicamente nascido “Kristian”) Vikernes. Até a estética colaborava para o interesse da mídia: enquanto Öysten “Euronymous” Aarseth era baixinho e feio, com discursos histriônicos e cheios de clichês “malvados”, Varg tinha cara de moço bonito de família, e era muito mais bem articulado em sua lógica tortuosa.
Enquanto Euronymous alegadamente passava fome pra manter a sua casa, a Helvete e a Deathlike Silence Produtions, Varg, aparentemente de ascendência mais abastada, provavelmente morava com os pais e seu projeto Burzum era um dos campeões de venda (em termos de underground, claro) da cena.
Diz-se que Euronymous começou a ver seu até então melhor amigo e parceiro de extremismos como um rival, dividindo a atenção tanto da mídia quando dos outros músicos do Inner Circle. Fala-se também de problemas com dinheiro (Euronymous estaria devendo o repasse de vendas dos discos do Burzum), discordâncias políticas (Euronymou era comunista, e Varg, fascista), divergências ideológicas (Euronymous era satanista, e Varg, adepto do paganismo nórdico) e até, pasmem!, disputas por uma namorada. Porém, como a história é escrita pelos vencedores, e as testemunhas da época não gostam de falar sobre o assunto, fiquemos com a versão (mais ou menos) oficial.
Segundo Mortiis (então baixista do Emperor), Euronymous teria ido a uma vidente e descoberto que sua vida corria perigo. Como ele já estava desconfiado de que Varg estava conspirando contra ele, achou que seu ex-amigo planejava assassiná-lo. Resolveu se antecipar e matar Varg primeiro. Wagner Lamounier, do Sarcófago, que se correspondia com Euronymous na época, diz que o norueguês planejava injetar um vírus ou coisa parecida em alguém (Vikernes não era mencionado) e transformá-lo num escravo-zumbi (!).
O fato é que Snorre W. Ruch, do Thorns, amigo de ambos, contou a Varg os planos de Euronymous, e ainda se ofereceu para ir junto. Em 10 de agosto de 1993, viajaram de Bergen até o apartamento de Euronymous em Oslo, em plena madrugada.
A versão de Varg é que ele apenas ia falar sobre contratos da Dearthlike Silence (ambora tenha levado uma faca para “eventualidades”), e que se defendeu quando Euronymous o atacou também com uma arma branca. O que se sabe é que Euronymous morreu na porta de casa, vestindo pijama e samba-canção, com 23 facadas, sendo duas na cabeça, cinco no pescoço e dezesseis nas costas. E o vencedor do duelo também aproveitou para difamar: teria encontrado um vibrador sujo de excrementos e vídeos de sexo gay e bizarro no apartamento de Euronymous.
(Se é verdade a história da ida de Euronymous à vidente, tornou-se então uma profecia autorrealizável.)
Num processo rápio, que mobilizou a mídia (norueguesa e europeia) como nunca antes no metal extremo, Vikernes foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio em primeiro grau, posse ilegal de armas e explosivos e por ter colocado fogo em três igrejas (o que ele nega até hoje). Snorre pegou 8 anos por cumplicidade no homicídio.
Ironicamente, em maio de 1994, o Mayhem finalmente lançou seu aguardado álbum De Mysteriis Dom Sathanas, com Euronymous e Snorre (creditado como Blackthorn) nas guitarras e Varg Vikernes (como Count Grishnackh) no baixo. A cena do crime completa num dos discos mais influentes da história do black metal. Na bateria, o remanescente Hellhammer (até hoje na banda). As letras? Dead, num estilo mórbido e obscuro. E, para os vocais, o húngaro Attila Chsihar, do influente Tormentor, com estilo bastante peculiar de cantar. Sem dúvida um grande resumo da época, com canções que mostravam a evolução das ideias musicais de Euronymous.
A família de Euronymous teria pedido a Hellhammer que retirasse a gravação do baixo de Varg, mas, embora prometido, isso não foi feito. O que ocorreu, de acordo com as versões-demo do disco (ainda com Dead nos vocais) que circulam pela rede, é que o baixo teve seu volume reduzido apenas.
Com tudo isso, o filho mais horrendo do metal já não era exclusividade do underground, pertencia agora ao mundo, seria parte da [sub]cultura pop dali em diante. Porém, enquanto sua face mais visível galgava o mainstream, outros tentáculos se espalhariam em novas manifestações ainda mais extremas e anticomerciais (porém sem – muitos – crimes).
Para entender o black metal (parte 2)
Quando se diz que o Bathory sempre esteve à frente de seu tempo, não é brincadeira: ainda que Quorthon tivesse, além de inventado o black metal, tê-lo desenvolvido em tons épicos em Blood Fire Death (1988), Hammerheart (1989) e Twilight Of The Gods (1991), criando os subgêneros epic/viking/pagan metal, e dando grandiosidade e “espírito de guerra” ao próprio metal negro – com climas grandiosos (incluindo citações ao folclore musical nórdico e a compositores clássicos como Gustav Holst), músicas mais longas e uso de violões e vocais limpos –, no início dos 1990s a turma do som extremo na Noruega ainda estava imersa no death metal.
Os futuros membros de Immortal e Burzum tocavam juntos no Old Funeral, os do Emperor, no Thou Shalt Suffer, e Darkthrone já existia, mas também tocava death metal.
Apenas quando o Mayhem teve a entrada de Dead (da banda sueca – de death – Morbid) as letras passaram a ter mais morbidez e profundidade (em vez do splatter de Deathcrush) e Euronymous, além de começar a compor black metal, convenceu todos da cena a largar a cena death – que, segundo ele, havia se tornado poseur e modista com o sucesso na MTV de bandas como Entombed e Obituary – e atingir novos patamares de som extremo e obscuro com o novo direcionamento musical.
Shows como o de Leipzig, em 1990, a despeito tanto da precariedade sonora quanto da apatia do (pouco) público foram vistos por todos daquela nascedoura cena nórdica, incluindo membros das bandas suecas Abruptum e Marduk.
Ao ouvir aquelas músicas inovadoramente brutais, sem quaisquer resquícios de death (mesmo as antigas, ao vivo, passaram a soar diferentes), e ver as performances de Dead, que usava corpse-paint, se cortava no palco, usava ganchos e porcos empalados no palco, vestia roupas que ele mesmo havia enterrado semanas antes e cheirava um corvo morto dentro de um saco entre as canções (para “sentir a presença da morte”) todos queriam fazer parte daquela cena.
Foi quando se formou, no porão da loja de discos Helvete (“Inferno” em norueguês), do guitarrista e líder do Mayhem, Euronymous – sempre o catalisador, o agregador de todas as tendências do movimento –, o chamado Inner Circle Of Norwegian Black Metal (apesar do nome pomposo, nada formal), que incluía todas as bandas norueguesas recém-convertidas ao black metal num grupo de jovens tão sem dinheiro quanto talentosos.
Isso incluía o selo Deathlike Silence (que lançava a maioria das bandas), uma rede de contatos no underground que incluía das bandas já citadas da Suécia até grupos distantes como o brasileiro Sarcófago (influente, embora permanecesse death metal) e o japonês Sigh. E ideias extremistas que levariam, em pouco tempo, a assassinatos, suicídios, profanações de cemitérios e incêndios a igrejas.
Em pouco tempo foram lançados pilares musicais do estilo, formando a chamada segunda onda do black metal. Interessante notar o quanto as bandas, embora do mesmo lugar, com o mesmo passado death, com intensa troca de instrumentistas e parceriais musicais, e sob a mesma influência do líder do Mayhem, possuíam visões tão distintas do estilo.
Immortal, após o debute ainda meio death/doom Diabolical Fullmoon Mysticism (1992), veio com Pure Holocaust (1993), que trazia equilíbrio entre rispidez e melodia, vocal inspirado em Bathory e temas fantásticos de batalhas em míticas terras geladas.
Burzum (na verdade um projeto solo de Varg Vikernes) lançou seu epônimo (1992) e um EP (Aske, de 1993), com sua particular visão melancólica e passadista visão de um mundo nórdico corrompido pela moral judaico-cristã por meio de músicas longas e hipnóticas, cheias de teclados minimalistas e vocais torturadíssimos (normalmente irritantes).
No mesmo clima pagão, porém com estruturas (e letras) mais tradicionais, teclados mais grandiosos e climas medievais-épicos também no instrumental, o Satyricon estreou com as demos All Evil (1992), ainda tocando um death metal similar ao que o Darkthrone fazia no início, e a pretensiosa (no bom sentido) The Forest Is My Throne (1993).
Após o primeiro lançamento de death metal, Soulside Journey (1991), o Darkthrone mergulhou no black metal frio, simples e de produção cuidadosamente descuidada, nos discos A Blaze InThe Northern Sky (1992) – considerado o primeiro disco de black metal moderno – e Under A Funeral Moon (1993), que consolidou a proposta lo-fi e absolutamente primitiva, até na capa P & B.
Uma demo - Wrath Of The Tyrant (1992) - e um aclamado e influente EP epônimo (1993) trouxeram à cena o complexo Emperor e seu mundo de teclados em destaque, técnica apurada em meio à velocidade e climas de obscuridade cósmica. Sem dúvida o produto mais bem acabado da época. Vale lembrar que o baixista e letrista à época era Mortiis, que deixaria a banda para seguir uma bem-sucedida carreira de darkwave/ambient/industrial.
Outras bandas que despontaram à época na Noruega, umas mais, outras menos, outras nada envolvidas com o Inner Circle, foram o viking metal de Enslaved (ex-Phobia, de death metal, com membros do que tornar-se-ia o Theatre Of Tragedy) e Hades (Almighty), o black metal industrial do Thorns e o imprevisível avant-garde do Ulver.
E foi nessa época, em apenas dois anos infernais (1992–1993), que o extremismo que o black metal personificava resolveu transbordar, do visual e das canções, para a vida (e a morte) da pacata Noruega.
Fonte: A Voz do Morto
Para entender o black metal (parte 1)
BlackSabbath inventou o metal. Motörhead o deixou mais rápido e sujo. Mercyful Fate trouxe satanismo/ocultismo e teatralidade ao estilo. Surgiram Venom, Bathory e Hellhammer e juntaram tudo isso.
Eram garotos que amavam tanto a New Wave Of British Heavy Metal quanto o circo extravagante do Kiss. No espírito hardcore da época – que uniu o autodidatismo, a tosqueira e o niilismo a músicas mais rápidas, sujas e brutais –, era tudo questão de juntar imperícia musical, influências poderosas e vontade de aparecer, chocar, tumultuar. A produção inexistente dos discos só deixava tudo mais estiloso e impactante. Escapismo puro, que torna mais incrível o fato de gente que só queria se divertir ter inspirado a vertente mais brutal, extremista (e por vezes criminosa) da música.
Entre Welcome To Hell (81), debute do Venom, e The Return... [Of Darkness And Evil] (85), segundo disco do Bathory, com Apocalyptic Raids (84), estreia do Hellhammer, no meio, os estilos foram se definindo: pelos critérios atuais, Venom é thrash, Hellhammer é death e Bathory é black.
De todo modo, o Bathory (embora negasse) levou consigo algo da velocidade ríspida do Venom e dos timbres graves e distorcidos do Hellhammer. Porém enquanto o Venom, entre idas e vindas, permaneceu um Motörhead satânico que fazia shows semelhantes ao do Kiss, e membros do Hellhammer formaram o Celtic Frost (que levaria o death à maturidade, e influenciaria o próprio black metal depois), o Bathory seguiu seu próprio caminho.
Pode-se dizer que o terceiro disco do Bathory, Under The Sign Of The Black Mark (1987), seja o marco (trocadilho inevitável) inicial do gênero, e Enter The Eternal Fire, a primeira canção de black metal puro: agora, era impossível compará-los aos contemporâneos Venom ou Hellhammer.
Aqui o black metal se desvencilhou da maçaroca barulhenta da primeira metade da década, quando era difícil distinguir thrash, death e black (até porque todos os estilos resolveram nascer na mesma época). Do andamento marcial aos vocais cheios de rancor e frieza – mais declamados do que cantados –, passando pelos timbres de guitarra e os teclados atmosféricos, tudo nessa música é inovador. Aliás, desde o primeiro disco, os vocais foram o grande diferencial do Bathory: jamais alguém havia cantado daquela forma tão monstruosa.
E tudo criado e executado por um só homem, o sueco Thomas Börje Forsberg (1966-2004), mais conhecido pelo nome de guerra Quorthon.
E até o fato de ele fazer tudo sozinho (escrever, tocar, produzir e criar a capa), apenas com eventuais baixistas e bateristas de estúdio, tanto por falta de dinheiro quanto por individualismo, também influenciou o caráter hermético que o estilo adquiriu com o tempo.
Há letras melhores, mais elaboradas, misturando o habitual satanismo apocalíptico a temas nórdicos (ainda que timidamente), produção (um pouco) mais encorpada, e ao mesmo tempo mais clima e mais extremismo. As músicas rápidas são mais rápidas (Chariots Of Fire), as mudanças de andamento são mais brutais (Equimanthorn) e as canções lentas são assustadoras (Call From The Grave).
Alguns andamentos e temas são a semente do que seria o epic/viking/pagan metal, que o próprio Bathory criaria e desenvolveria nos discos seguintes (sobre os quais falaremos na próxima parte), como Blood Fire Death (88), Hammerheart (90) e Twilight Of The Gods (91).
No mesmo ano, mais três lançamentos fundamentais dessa “primeira onda” gênero: INRI (Sarcófago, do Brasil), Deathcrush (Mayhem, da Noruega), Into The Pandemonium (Celtic Frost, da Suiça). Dois puxados pro death (Sarcófago influenciaria toda a cena finlandesa, extremamente tosca e brutal, e Mayhem levaria ele mesmo o estilo ao extremo dos extremos), e um de death com elementos avant-garde que dariam no black metal sinfônico e complexo de bandas como Arcturus, Sigh e Dimmu Borgir (como veremos no capítulo a seguir).
Nos anos seguintes, culminando na primeira metade da década de 1990, o black metal mudaria não apenas o metal em si, mas deixaria marcas na música e na cultura popular.
Fonte: A Voz do Morto
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
O Jogo do Universo
O universo quer brincar. Aqueles que por ganância espiritual se recusam a jogar e escolhem a pura contemplação negligenciam sua humanidade – aqueles que evitam a brincadeira por causa de uma angústia tola, aqueles que hesitam, desperdiçam sua oportunidade de divindade – aqueles que fabricam para si máscaras cegas de Idéias e vagam por aí à procura de uma prova para sua própria solidez acabam vendo o mundo através dos olhos de um morto.
Hankim Bey
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